sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Desapegue-se!!!

Se vc não está com tempo de ler este texto agora, não o ignore! Leia-o mais tarde, mas não deixe de lê-lo, pois ele é repleto de grandes reflexões.

Um grande urso, vagando pela floresta, percebeu que um acampamento estava vazio. Foi até a fogueira, ardendo em brasas, e dela tirou um panelão de comida. Abraçou a panela com toda a sua força e enfiou a cabeça dentro dela, devorando tudo. Enquanto abraçava, começou a perceber que algo o atingia. Na verdade, era o calor da panela… Ele estava sendo queimado nas patas, no peito e onde mais a panela encostava. O urso nunca havia experimentado aquela sensação e, então, interpretou as queimaduras pelo seu corpo como uma coisa que queria tirar-lhe a comida. Começou a urrar muito alto. E, quanto mais alto urrava, mais apertava a panela quente contra seu imenso corpo. Quanto mais a panela o queimava, mais ele a apertava contra o corpo e mais alto urrava. Quando os caçadores chegaram ao acampamento, encontraram o urso recostado a uma árvore, segurando a tina de comida. O urso tinha tantas queimaduras que estava grudado na panela e, mesmo já morto, ainda mantinha a expressão de estar rugindo”.

Ao ouvir esta história de um mestre e amigo, percebi que, em nossas vidas, por muitas vezes, abraçamos certas coisas que julgamos serem importantes. Algumas delas nos fazem gemer de dor, queimam-nos por fora e por dentro, e mesmo assim nos mantemos apegados a elas. Temos medo de abandoná-las e esse medo nos coloca numa situação de sofrimento, de desespero.

Apertamos essas coisas contra nossos corações e terminamos derrotados por algo que tanto protegemos, acreditamos e defendemos. Em certos momentos, é necessário reconhecer que nem sempre o que parece ser a salvação nos dá condições de prosseguir.

É impressionante como muitas pessoas não têm consciência do sentimento de apego. Apegam-se a idéias, emoções, crenças, hábitos, objetos, pessoas, situações, mágoas, frustrações e – pasmem! - até a doenças. O medo do desconhecido é tanto que ficam presas ao que lhes parece familiar e seguro. Referem-se a tudo com um sonoro pronome possessivo: meu filho, minha roupa, meu emprego, meu modo de pensar, meu trauma, minha crise, meu fracasso, minha gastrite, minha depressão… e por aí vai.

De todos os apegos talvez o mais pernicioso seja aquele que nos faz reter ressentimentos. As mágoas, frutos das expectativas de que o outro deve corresponder aos nossos anseios e fantasias, são sentimentos cáusticos que corroem a vida de quem insiste em alimentá-las. Ao nos defrontarmos com pessoas amargas, insatisfeitas, entregues ao vitimismo, podemos ter certeza de que carregam, como se fossem tesouros, inúmeras mágoas. Muitas vezes transformam esses sentimentos em “meios de vida”, ou seja, recontam suas histórias, as injustiças que sofreram, as ingratidões que receberam, para com isso fazerem jus à simpatia alheia, obtendo a atenção que acreditam necessitar. Perdão é o desapego da mágoa. É o sentimento de libertação, é o alívio incondicional, é o lenitivo infalível para as mazelas da alma. Ao contrário do que se costuma pensar, perdoar beneficia muito mais o ofendido do que o ofensor. Quando perdoamos, livramos nossos corações de um peso indesejável, de um sentimento corrosivo que nos consome e nos impede de cumprir o Plano Divino de nossa vida na Terra.

Carregar indefinidamente um lixo emocional que nos abala e nos faz perder a vontade de ser feliz é uma atitude suicida.

Perdoar é compreender que cada um age de acordo com o que sabe. É admitir que somos todos seres em evolução, mas que falhamos muitas vezes por ainda não estarmos plenamente desenvolvidos. É reconhecer que o agressor, na maioria das vezes, está precisando de mais socorro do que o agredido. É libertar o outro do nosso sentimento desequilibrado, para dessa forma ficarmos livres e leves para prosseguir nossa jornada.

Permita-se ficar curado. Perdoe hoje, todos aqueles que, consciente ou inconscientemente, o tenham agredido de alguma forma. Perdoe seus pais, professores, amigos, filhos, cônjuges, etc. Pense que cada um agiu como sabia, dando o que melhor podia de si em cada momento. E, acima de tudo, perdoe-se! Desapegue-se de suas culpas, suas frustrações, seu excesso de autocrítica. Ame ao outro e a si mesmo, beneficiando-se da magia sublime do perdão que cura e transforma.Tenha a coragem, a visão e o amor que o urso não teve. Observe e compreenda o padrão de carência que te faz agarrar uma coisa até o “fim”, e tire de seu caminho tudo aquilo que te faz arder além da medida. SOLTE A PANELA!

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

A capacidade de estar sozinho


A capacidade de estar sozinho é a capacidade de amar.

Isso pode parecer paradoxal a você, mas não é.
Essa é uma verdade existencial.

Somente pessoas que são capazes de estar a sós, são capazes de amar, de compartilhar.
De ir até o âmago da outra pessoa sem possuí-la, sem se tornar dependente do outro, reduzindo o outro a uma coisa, e sem ficar viciado no outro.

Permitem ao outro liberdade absoluta pois sabem que se o outro for embora eles serão tão felizes como são agora.

A felicidade deles não pode ser tirada pelo outro porque não foi dada pelo outro.

Então porque eles querem ficar juntos?
Isso não é mais uma necessidade, é um luxo!
Eles apreciam compartilhar, possuem tanta alegria que gostariam de derramar sobre alguém.

Eles sabem como tocar a vida deles como um instrumento solo.
O tocador de flauta solo sabe como desfrutar de sua flauta sozinho.
E se ele chega e encontra um tocador de tabla solo, ambos irão gostar de ficar juntos e criar uma harmonia entre a flauta e a tabla".

                             Osho, Meditation Minutes Series - Love and Aloneness

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Viver Apesar De

"...uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente. Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi a criadora de minha própria vida."

(Clarice Lispector)

domingo, 4 de julho de 2010

Porque o Brasil saiu da Copa?


Não foi "treinador", "escalação", "esquema tático".
Nós-tomamos-um-gol-de-empate. [pausa] [silêncio]

Tomar um gol é um absurdo para a "nossa seleção", experimentar uma virada então, impossível, não pode! Aí, TUDO desestrutura. Os jogadores, a torcida, o técnico, os jornalistas, todos os brasileiros. Ridículo isso.

A nossa seleção é uma seleção normal (caraleo). Ou ao menos assim deveria ser tratada. Errar é humano. Até o melhor goleiro do mundo erra e toma um gol daqueles. Foda-se quantos mil reais ele ganha por mês. Foda-se quantas vezes ele treina isso. Tenho certeza que ele não OPTOU por tomar aquele gol besta e deixar ir embora o sonho do hexa. Errar É humano. Até para atletas profissionais.

Mas... no mundo do FUTEBOL BRASILEIRO não. E por isso, a gente não pode tomar NENHUM gol quanto mais dois! Os jogadores sabem disso. E nenhum deles, nem capitão, nem técnico, nem ninguém tem condições PSICOLÓGICAS de ENTENDER isso e CONTINUAR jogando seu futebol. Como jogamos no primeiro tempo. O melhor tempo da seleção na Copa de 2010.

Fim.


Enquanto isso...
A Argentina dá de dez em relação a NORMALIDADE comparado ao Brasil. Foi receber o time com aplausos. Maradona recebeu o time ao final do jogo com um beijo de carinho em cada jogador. E dessa forma, seu país recebeu a seleção.

Com o Brasil é diferente. Xinga-se, perde-se a cabeça, técnico e jogadores idem.
Nesse momento metade do país ODEIA a seleção. Ridículo isso.
Não estou aqui defendendo a seleção nem a comissão. Mas tudo é resultado de uma imagem invecível que temos dela. Uma imagem criada por nós, torcedores, jornalistas, POVO brasileiro.


p.s: A mídia deve estar satisfeita. Pois agora sim ela pode cair dentro do único que “a peitou”: o técnico.
O "gostinho" da emissora está tão aflorado que vale até mostrar Maradona e a Argentina como "legais".
Mas não foi preciso o Fantástico exibir. A gente viu ao vivo na derrota de 4 x 0 pra Alemanha.

E o Brasil? 2 x1
E o Brasil? Ainda durante a partida não "entende" como podemos ter tomado um gol de empate. Não se entende e por isso não se aceita. E por isso.... PARAMOS DE JOGAR.
E o Brasil? Cai dentro.
E o Brasil? Vai esperar a seleção no aeroporto com aquela pressão dos jornalistas e de quem não está a trabalho e não tem o que fazer.
E o Brasil? Faz matéria sobre a derrota estampando capa VAZIA num dos seus maiores jornais.
E repete "culpa", "culpa", "culpa". Querendo uma explicação (deseperada) por termos sido eliminados.
Foda-se que fomos eliminados. É triste. Mas não somos perfeitos.

É povo, nem no futebol. Que é a nossa paixão nacional... 
E como todas as paixões existe o momento de raiva e amor. Só que não se ama apenas qdo se recebe um presentinho ou um abaraço gostoso. A gente ama e ponto.
Por isso, chega né? Podemos deixar de odiar e voltar a se apaixonar?
 

Se a cobrança pela perfeição continuar como prioridade vai ser difícil manter esse relacionamento.


Cadê? Cadê? "O Orgulho de ser Brasileiro"?
E o Brasil? Só canta bonitinho qdo tudo está bem.


Foda-se a mídia. Mas apaludo a ARGENTINA sim, de pé.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Gosto do tempo passando

Que gosto é esse na minha boca? Não é o seu beijo e nem o beijo de ninguém. Não é o gosto do medo, esse gosto eu conheço bem. Náo é saudade, não é coragem e nem desgosto. Não é nada que eu conheça. Já se passaram tantos anos desde que o homem começou a dar nomes para todas as coisas, eu penso se todos os sentimentos já foram nomeados. Esse gosto, esse sentimento, acho que ninguém deu nome. Eu não sinto fome, não sinto dor, não sei o que é. Não tenho medo dessa vez. Acho que é gosto do tempo passando. Tem nome sentir o tempo passando?
Maria Clara Moraes

quarta-feira, 26 de maio de 2010

O Contentamento, a chave para o equilibrio


Longe do complexo de Poliana na qual nos tornamos uns iludidos achando que está tudo bem.

A arte do contentamento está em usar qualquer situação, seja boa ou ruim, para progredir. Pois independente do que aconteça, o que importa é aquilo que você faz com o que aconteceu.

Se você gostar ou não gostar, se ficar bravo ou calmo, feliz ou infeliz, nenhuma destas sensações ou emoções irá mudar o fato de que aquilo aconteceu, mas podem afetar decisivamente a forma como você reagiu. Melhorando ou piorando a situação.


SANTOSHA ~
O contentamento é a capacidade de sempre extrair uma plenitude de alegria daquilo que se tem e daquilo que se é, sem que nenhuma provação exterior, nem qualquer dificuldade interior possa nos tirar a serenidade. Deve apreciar aquilo que tem, encontrar o bastante no pouco que possui. Do mesmo modo que para se preservar dos espinhos basta calçar sapatos, sem que seja necessário atapetar todo o solo com couro, assim é pelo contentamento que se atinge a felicidade, e não pensando: "serei feliz quando obtiver aquilo que desejo", pois os desejos não têm fim. Pelo contentatmento, cria-se dentro de si uma chama de beatitude que irradia e influencia tudo que o rodeia. Esse contentamento não deve sucumbir diante de qualquer contrariedade, e requer uma igualdade de espírito no sucesso e no fracasso.
~

Essas filosofias orientais ensinam que, embora o mundo exterior nos dê prazer e alegria, é possível acessar níveis mais profundos e duradouros de felicidade. A principal receita para isso é depender cada vez menos de pessoas e circunstâncias. “Quando baseamos nossa felicidade apenas no que está fora, ela rapidamente pode se tornar infelicidade".

O caminho para ser feliz está dentro de cada um de nós e nada tem a ver com os fatos bons ou maus da vida. “Ser feliz é nossa verdadeira essência. Precisamos lembrar disso mil vezes ao dia. Assim como escavamos a terra para encontrar água, podemos desbastar as camadas de nosso ser até acessarmos esse tesouro a nossa espera”, diz o monge indiano Sunirmalananda
.


sexta-feira, 21 de maio de 2010

Lótus de alma


No dia em que a flor de lótus desabrochou
A minha mente vagava, e eu não a percebi.

Minha cesta estava vazia e a flor ficou esquecida.

Somente agora e novamente, uma tristeza caiu sobre mim.
Acordei do meu sonho sentindo o doce rastro
De um perfume no vento sul.

Essa vaga doçura fez o meu coração doer de saudade.
Pareceu-me ser o sopro ardente no verão, procurando completar-se.

Eu não sabia então que a flor estava tão perto de mim
Que ela era minha, e que essa perfeita doçura
Tinha desabrochado no fundo do meu coração.


Rabindranath Tagore

terça-feira, 27 de abril de 2010

Mudaram as estações


http://blip.fm/~pdsoq

Mudaram as estações, nada mudou
Mas eu sei que alguma coisa aconteceu
Está tudo assim tão diferente...

Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar
Que tudo era pra sempre, sem saber, que o pra sempre
Sempre acaba...

Mas nada vai conseguir mudar o que ficou
Quando penso em alguém só penso em você
E aí, então, estamos bem...

Mesmo com tantos motivos pra deixar tudo como está
Nem desistir, nem tentar agora tanto faz
Estamos indo de volta pra casa...

segunda-feira, 26 de abril de 2010

"Uma coleção de pequenas coisas. Assim é a vida, de onde levamos apenas as lembranças dos momentos menos impactantes, mas que guardam um valor sentimental único. Mesmo nas maiores crises, nas maiores festas, é um momento ínfimo, como um abraço contido no amigo que muda de cidade ou um brinde estapafúrdio na mesa de bar, que fica."

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Vale, sempre vale



É por essas e outras que apesar de tudo, VALE A PENA.

[ Quinta-feira, 13:45, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. ]

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Metade de mim é partida...a outra metade é saudade.


Depois de um dia em que pude perceber claramente o que vem me afligindo, tive um dia cheio de lembranças. Saudosas.
Um dia não tem nada a ver com o outro. O único fator comum foi "Rio-SP-Rio"...

E nesse ir e vir de pensamentos...hoje prevaleceu a nostalgia.

São saudades...
Saudades dos amigos que ganhei em SP, saudades dos amigos que conquistei;
Saudades dos meus trabalhos;
Saudades dos meus alunos, mais ainda daqueles alunos particulares
,
daqueles que viraram queridos amigos;
Saudades do meu querido quarto lilás com meu lírio da paz.
Saudades das noites acordada fazendo o que bem entendia.
Saudades dos meus amigos de profissão, dos que viraram grandes amigos;
Saudades da minha individualiade. Da minha única e perfeita liberdade.
Saudades de São Paulo!
Saudades da família que tive lá.

Saudade do que me motivou a sair da cidade maravilhosa e conhecer a grande, acolhedora e cinza cidade de São Paulo.
(Muito. De Verdade. Mesmo.)

Você, que está lendo isso, faz parte da minha história.
Portanto, como eu comecei...

Saudade...Apenas.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Tempo que passa

O que parecia não chegar, vai chegar.
E eu não sei como agir.
Também não sei se devo...
Simplesmente pois nem sei mais como pensar.